RICHARD MEIER
O projeto começou em 1995 como um concurso, que incluiu convidados como Santiago Calatrava, Peter Eisenman, e Frank Gehry. Meier foi atribuído à Comissão em 1996, ganhou a indicação do concurso e a construção começou em 1998. A Igreja se situa em uma superfície plana e a cerca de dez quilômetros do centro de Roma. É vizinho a uma área de baixa / médio renda de complexos habitacionais construídos na década de 1970 fazendo limite com um parque público.

Podemos dizer, também, que è somente através desta compreensão que seriamos capazes de abstrair, perceber e sentir a edificação, os seus espaços, suas singularidades e suas relações com o entorno, portanto è através desta ferramenta projetual, luz, que somos induzidos a experimentar o que chamamos de sagrado. Diante de toda esta ideologia, teológica è que mergulhamos no edifício e no seu entendimento, tendo a luz na sua origem projetual e sensitiva.
Mas como utilizar a luz, e permitir a ela que tomasse quase que como uma vida própria, no edifício? Foi através do elemento vidro que se fez todo o trabalho necessário para a luz se mostrar como esperado. Através dos grandes fechamentos verticais em vidro, juntamente com a relação essencial do topo, da cobertura, que neste caso trabalha intensamente e tem um papel também primordial na compreensão do espaço. Todo o teto è de vidro ou composto por clarabóias de vidro que permitem um dialogo direto com o céu e torná-lo parte integrante quase que como uma pintura de afresco, estampando as nuvens do céu azul sobre as cabeças dos que pela igreja passam. Alem de promover todo um ensaio cênico com um jogo de luz e sombra exaltando o divino, o puro e o misterioso.
Esta mesma luz por sua vez à noite, também se faz protagonista da atmosfera mística e cênica em todo o espaço da igreja tornado-a “aberta e acessível” para quem a vê, irradiando tal luz de dentro para fora. Promovendo com isso a criação de uma presença serena e convidativa, não só a edificação, mas a paisagem a qual ela agora faz parte e se encontra inserida, pois, é através de seus fechamentos em painéis de vidro verticais que acabam por formar as suas fachadas frontais e de fundo, assim como a sua cobertura, que nos remete a tal resultado. Na maioria do tempo perdemos a noção do que è interior e do que è exterior o convívio na maior parte da edificação è simultâneo e portanto as fachadas de frente e de fundo se comportam como paredes de vidro que funcionam como limítrofes entre o externo e o interno, mas se coloca de forma a ser vivenciada como um evento e um elemento de transição em toda a sua organização.
A relação entre suas fachadas è um tanto interessante quando comparamos a frente e o fundo observamos que atravessamos de um lado a outro sem nem mesmo adentrarmos, somente pelo efeito da transparência de seus painéis de vidro. E quando a vemos em suas fachadas laterais, observamos que em um dos lados temos o escamotamento da estrutura principal da nave da igreja, em três seguimentos de circunferência que formam os três arcos de concreto branco, que quase se apóia sobre a estrutura de vidro criada para os fechamentos e a protege das ações mais agressivas das intempéries alem de privilegiar um eixo principal de visão.
Fica clara como a forma escultórica adotada para a edificação foi algo determinante e limitante dos atos projetuais, portanto temos a vista um perfeito entendimento que a criação dos elementos em casca dos arcos de concreto, permaneceu como, forma, pré-determinada e posteriormente com todo o seu formalismo o ato de resolver internamente foi tradicionalmente adequado ao seu interior. E juntamente com este aspecto do invólucro escultórico, este por sua vez composto pelas cascas de concreto branco, vidro e a massa edificada lateralmente ao conjunto, conformam um caráter expositor das relações internas, não se preocupando em criar barreiras na exposição dos espaços e suas complexidades internas. Isso na maior parte da edificação sendo salva a massa edificada do anexo de serviço e atividades multifuncionais.

Com isso finalizamos o entendimento exaltando a delicadeza, respeito e sensibilidade que o arquiteto teve ao projetar esta igreja, de forma clara, objetiva ressaltando seus valores e papéis perante o publico, não se desvirtuando da organização padrão das igrejas católicas, mas sim tornado-a um marco no entendimento na expreçao autentica de uma arquitetura contemporânea seja ela qual for o tipo, gênero ou uso.
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REFERENCIAS:
O texto “complexidade e contradição em arquitetura” por Roberto Venturi
Foi balizador para esta analise das relações de interior e exterior .
Alguns dos sites principais, pesquisados como referencia:
http://www.archnewsnow.com/features/Feature123.htm
http://www.youtube.com/watch?v=TDSsCTFoWKI
http://www.designbuild-network.com/projects/Jubilee/
http://www.tablethoteis.com.br/stars-celebrities-hotels-picks/Richard-Meier/2